Competência: Registar, por escrito, produções do património literário oral para as conservar ou para as transmitir.
Actividade: Recontar a lenda de S. Martinho.

Um dia, o Imperador ordenou que o pai de Martinho se transferisse para
Pavia, em
Itália.

Uma tarde, já em Pavia, enquanto Martinho lançava o
pião, rebentou uma
trovoada. Martinho assustou-se tanto que correu a refugiar-se numa
Igreja!
- Que histórias tão bonitas... - disse Martinho.

Foi nessa altura que Martinho se começou a interessar e a aprender o
catecismo. Ele e os amigos estavam tão entusiasmados, que decidiram viver da mesma maneira que viviam os
santos que conheciam das histórias.

Alimentavam-se apenas de
raizes e de
frutos, mas acontece que, um dia, comeram
cogumelos venenosos e adoeceram gravemente...

Quem lhes valeu foi o bispo, que por ali ia a passar e lhes trouxe
leite, que os salvou do terrível
veneno...

Martinho resolveu voltar para
casa.
O pai disse-lhe:
- És alto e forte. Acho que já podes ser soldado!

Nesse mesmo dia, pai e filho foram ao
palácio do imperador. Martinho recebeu a
espada, uma
capa e a ordem para ir lutar para
França. O pai explicou-lhe que metade da capa não lhe pertencia: seria sempre do imperador e ele devia usá-la para se lembrar que estava ao serviço do
Império.

Uma tarde, ia Martinho a caminho da cidade de
Amiens, quando rebentou uma grande
tempestade. O vento soprava
frio e Martinho aconchegou-se melhor dentro da sua capa quentinha...


Martinho parou imediatamente o
cavalo.
Procurou algumas
moedas no bolso, mas nada encontrou...

Então teve uma ideia:
- Vou dar-lhe metade da minha capa de soldado!
(Martinho não podia dar-lhe a outra metade, pois pertencia ao imperador.)

Sem hesitar, pegou na espada, rasgou a capa em duas partes iguais e entregou uma metade ao homem. E, nesse momento, aconteceu um milagre...

Para que nenhum dos homens passasse mais frio, as
nuvens desapareceram e o
sol brilhou com toda a força. É por isso que ainda hoje, quando faz sol em Novembro, dizemos que é o
Verão de S. Martinho!

Martinho era um homem tão bom que se tornou
santo. Hoje todos o conhecemos: no seu dia, 11 de Novembro, é costume fazer, uma festa onde se partilham castanhas em sua homenagem - O
magusto.

Nem todos podem ser grandes, mas todos podem ser bons...
Feliz é apenas aquele que ama.

Turma 3
Alunos dos 3º e 4º anos